Sou o Vazio Cal das Nuvens
Sou o Vazio Cal das Nuvens
“Poema Ignóbil”
“Sou o vazio cal das nuvens,
Que personifica as raízes de água
Singulares da transparência do Céu.
Sou a minha indissolubilidade mormente,
Aquela que fenece pela morte,
E pelo girassol cristalizado
Que eu cosi ao amarelo-torrado das pregas da minha pele.
Na linha salgada e turva dos meus olhos,
Cravei o oneroso término,
Digno de uma linfa morbidamente danosa.
Porque uma flor é a voz de uma memória,
E o linho dos desenhos negros disseminou-se na minha ausência,
Enquanto sussurrava a verdadeira cicatriz das palavras.
Quem anseia pela madrugada,
Perece nas consequências dos vocábulos penosos,
Os quais mirram no descrédito da Aurora,
E sussurram no alto dos fantasmas,
A insipiência de uma gota,
Ou o condão de felicidade cismático
Apreendido pelo nada.”
In Des.Aniversário: O Livro por Publicar
Descrição da obra
Impressão sobre papel fotográfico
329 x 483mm 260gsm